Conhecendo São Paulo 4: O Mosteiro de São Bento
Continuando meu passeio pelo centro de São Paulo, do Farol Santander fui para o Mosteiro de São Bento. Vale muito a pena o pão vendido lá, uma prova que nosso Senhor guia as mãos dos monges, pois é divino. Os monges seguem o lema de ora et labora (ore e trabalhe).
A capela tem uma decoração barroca, uma filha legítima e muito digna do gótico. Na verdade, a capela foi reconstruída no início do século XX, mas os elementos do barroco estão presentes, numa inspiração alemã. Um dos destaques é o imenso orgão, construído em 1954. Já o relógio, de 1921, foi por muito tempo o mais preciso de São Paulo, até o aparecimento do relógio de quartzo.
Chamou-me atenção em minha última visita a imagem de São Bartolomeu segurando o que parecia ser uma cabeça, tendo uma faca na mão. Achei estranho ver um santo em uma aparente imagem de violência.
Pesquisando descobri que não se tratava de uma cabeça, mas de seu próprio rosto. São Bartolomeu foi martirizado, tendo sido esfolado vivo. A imagem é uma representação de seu sacrifício.
Não faltam aqueles que insistem em dizer que a ressurreição não ocorreu, que foi uma mentira propagada pelos apóstolos para criar uma religião. O que essas pessoas não conseguem explicar é como um grupo de homens rudes aceitaram as mortes mais terríveis em nome dessa mentira. Bastaria terem negado a ressurreição e suas vidas seriam poupadas. Nenhum deles vacilou um só segundo e foram serenos enfrentar torturas e morrer pela verdade que testemunharam.